COTIDIANO
PCC e Comando Vermelho dominam crime organizado no Paraná
Segundo Ministério Público, PCC é o grupo com mais integrantes no Paraná, refletindo atuação da facção na maior parte do país
Paraná
crime organizado |
17/09/2025 11h17
Um levantamento realizado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR), identificou as principais facções criminosas que atuam no estado.
Segundo o MP-PR, o tamanho e a atuação dessas facções têm impacto direto na rotina de diversas regiões do estado.
As principais facções no Paraná são:
Primeiro Comando da Capital (PCC);
Comando Vermelho;
Máfia Paranaense;
Cartel do Sul;
Facção Ferro Velho;
Primeiro Grupo Catarinense.
PCC
De acordo com o Gaeco, o PCC é o grupo com mais integrantes no Paraná, refletindo a atuação da facção na maior parte do país. O grupo está no estado desde 1998, após a transferência de três fundadores do grupo para presídios paranaenses.
Apesar de ter ações espalhadas pelo território, a facção tem presença mais forte em Londrina e no Norte Pioneiro, regiões próximas a São Paulo. Os promotores destacam que o grupo está envolvido em crimes violentos, como rebeliões, ataques a agentes de segurança e tráfico de drogas.
Comando Vermelho
Outra facção presente no estado é o Comando Vermelho, originário do Rio de Janeiro.
Desde 2014, integrantes do grupo foram presos no Paraná. O levantamento indica que a fação inicialmente atuou no litoral, como Paranaguá, Pontal do Paraná e Guaratuba, mas que atualmente também tem envolvimento em delitos em cidades do Oeste, como Palotina e Foz do Iguaçu, e nos Campos Gerais, em Ponta Grossa.
O avanço do Comando Vermelho está marcado pela disputa territorial, principalmente pelo controle de pontos de venda de drogas. Segundo o levantamento do MP, essas disputas estão diretamente ligadas ao aumento de homicídios nas regiões afetadas.
Outras fações
Além do PCC e do Comando Vermelho, outras facções surgiram no Paraná ou em estados vizinhos e foram identificadas pelo Gaeco:
Máfia Paranaense: criada em 2014, em presídios de Curitiba e Piraquara. A atuação permanece restrita a algumas unidades da região metropolitana.
Facção Ferro Velho: ligada a homicídios e tráfico de drogas em Maringá desde 2011.
Cartel do Sul: começou a se consolidar em 2021 na Casa de Custódia de São José dos Pinhais e expandiu atuação para cidades do litoral e Campos Gerais, envolvendo-se em crimes violentos e tráfico internacional.
Primeiro Grupo Catarinense: não possui célula própria no Paraná, mas mantém ligação com crimes no estado desde 2013, principalmente relacionados a outras facções e tráfico de drogas.
O Ministério Público reforça que acompanha o crescimento das facções no estado, com operações frequentes de combate ao crime organizado.
O avanço também parte das ações das forças policiais do estado, que precisam investir em treinamento constante das equipes e de trabalho de inteligência.
"Temos todo o trabalho da inteligência integrada entre as polícias, em especial a Polícia Militar, Civil e Penal. Nós mapeamos isso por região e atuamos de forma mais intensiva com tropas especiais nessas áreas, para que crimes não aconteçam", afirmou o secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira.
Com informações de G1 Paraná