COTIDIANO
Tarde de conversa em Marechal Rondon reforça importância do combate à violência contra a mulher
A prefeitura de Marechal Cândido Rondon promoveu o evento “Violência contra a mulher não tem desculpa”, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)
Mal. Cândido Rondon
conscientização |
08/08/2025 19h24
Na quarta-feira (07), a prefeitura de Marechal Cândido Rondon promoveu o evento “Violência contra a mulher não tem desculpa”, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). A ação foi realizada por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, em parceria com o Núcleo Maria da Penha (NUMAPE), e teve como público principal os idosos atendidos pela rede de assistência social do município.
Organizada pela orientadora social Ana Luiza Wnuk, responsável pelos grupos de idosos, a atividade integrou o calendário de ações do mês em que se celebra o aniversário da Lei Maria da Penha. O objetivo foi sensibilizar o público quanto à importância de conhecer seus direitos e combater todas as formas de violência contra a mulher.
A abertura contou com a participação da secretária de Assistência Social e primeira-dama Andria Backes, que destacou a relevância da iniciativa. Ela também apresentou algumas ações programadas para o mês, como a instalação de bancos lilás em pontos estratégicos da cidade. A proposta é que esses bancos funcionem como um recurso simbólico e de apoio: mulheres que precisarem de ajuda poderão se sentar neles como forma de sinalizar sua necessidade de acolhimento.
O evento também contou com apresentações culturais, través do professor de acordeon Adelar Zastrow, acompanhado de dois alunos e do estudante da Unioeste Nathan de Oliveira Santos, com uma apresentação de violão.
Tipos de violência e acolhimento
A programação principal foi uma tarde de conversa com a participação de Maria Isabel Formoso Cardoso e Silva, do psicólogo Carlos Eduardo Steffens Nabinger e da advogada Ana Gabriela Mônica Brod. Eles abordaram a origem e importância da Lei Maria da Penha, explicaram os diferentes tipos de violência (física, psicológica, patrimonial, moral e sexual) e abriram espaço para a troca de experiências com os participantes.
Após o intervalo para o café, Luan Alisson Seiji Furucho deu continuidade às discussões, reforçando os aspectos legais e comportamentais da violência doméstica e respondendo às perguntas do público com uma linguagem acessível e acolhedora.
Envolvimento
As falas e atividades foram especialmente planejadas para o público idoso, respeitando suas vivências e experiências. Mesmo aqueles que nunca enfrentaram diretamente situações de violência foram incentivados a se perceberem como agentes de apoio dentro de suas famílias e comunidades. O envolvimento foi notório: os participantes demonstraram interesse, fizeram perguntas, compartilharam opiniões e interagiram ativamente durante toda a tarde.
Canais de denúncia
Durante o evento, reforçou-se a importância de conhecer e divulgar os canais de denúncia, como o Disque 180 (Central de Atendimento à Mulher), o Disque 100 (Direitos Humanos), além dos contatos do CREAS e do NUMAPE.
A escolha da data, próxima ao aniversário de criação da Lei Maria da Penha, reforçou o compromisso do município com o combate à violência de gênero e a superação de ideias ultrapassadas como a de que “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. Ao contrário: o evento deixou claro que a sociedade deve, sim, intervir, acolher, proteger e garantir os direitos das mulheres em todas as fases da vida.
Com informações de Assessoria